Conheça e apaixone-se por Alter do Chão (PA), o Caribe Brasileiro

 

Texto e Fotos: Patricia Penna 

De Alter do Chão (PA) – Alter do Chão foi fundada em 6 de março de 1626, pelo português Pedro Teixeira. Em 6 de março de 1758, foi elevada a categoria de vila por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, então governador da capitania do Grão-Pará, durante o Brasil Colônia. Alter foi local das missões religiosas, comandadas pelos jesuítas. Até o século XVIII, a vila era habitada, em sua grande maioria, pelos índios Borari. Desde a década de 1990 até hoje, o atual distrito aposta no turismo para alavancar a economia local.

A Vila esta localizada aproximadamente 37 quilômetros do centro de Santarém. O acesso se dá pela rodovia estadual Everaldo Martins, a PA-457, totalmente pavimentada. Outra maneira de chegar até lá é pelo rio Tapajós, de barco ou de lancha. A viagem dura em média 45min de carro e 3h pelo rio. 

Considerada o Caribe brasileiro e dona de uma das praias fluviais (de água doce) mais belas do mundo, Alter atrai para suas paisagens pessoas de vários lugares do mundo, de turistas em busca de sombra e água fresca a mochileiros em busca de sossego. Entre eles, um consenso: quem vai, encontra o que está procurando.

Alter é um desses destinos brasileiros que impressionam, e que te fazem ter aquela sensação de “porque eu demorei tanto pra vir pra cá”.

Confira abaixo algumas dicas do que conhecer no destino : 

A estrela principal de Alter é a Praia do Amor. A ilha fica pertinho do centro da vila e começa aparecer quando as águas do Rio Tapajós baixam. Canoeiros levam e trazem as pessoas do centro para a ilha o dia todo. Na ilha do Amor, você aproveita as barraquinhas, toma sol e pode nadar nas águas mornas e calmas do rio. 

Praia do Amor 

Praia de Alter do Chão 

Outro passeio comum em Alter do Chão é o pôr-do-sol na Ponta do Cururu, um banco de areia no meio do rio que forma uma paisagem de cair o queixo. Parece que você está andando nas águas do rio. 

Ponta do Cururu 

Passeio pelo Iguarapé do Macaco também é muito encantador 

O encontro da água azul do Rio Tapajós com a água marrom do Rio Amazonas na cidade de Santarém também é imperdível. A diferença de cor e densidade das águas criam um espetáculo único e diário. 

Encontro da água azul do Rio Tapajós com a água marrom do Rio Amazonas

Durante a segunda quinzena de setembro, Alter do Chão fica lotado de turistas e moradores que participam do Çairé. A festa folclórica-religiosa que é similar ao festival de Parintins, mas, no lugar dos bois, quem disputa o título anual são os botos Tucuxi e o Cor-de-Rosa.

Boto Tucuxi 

Cabocla 

Boto Cor-de-Rosa 

O evento, que acontece desde o século 18, é lindo, colorido e musical, deixando a vila bem animada. 

Comemoração religiosa do Çairé 

Piracaia 

A piracaia é um costume local criado por pescadores durante a pesca, o qual se realiza sempre á noite ao redor da fogueira. Sob a luz  do luar, nas areias da praia é organizado um banquete a base de peixe fresco, com sal, limão e farinha. O peixe é assado em uma fogueira, enquanto as pessoas ficam em rodas de conversa com muita musica regional . 

Piracaia realizada na Praia do Carapanari, pelo Chef Saulo Jennings, do restaurante Casa do Saulo. Empreendimento Referência em gastronomia Tapajônica – Saulo e equipe – Foto: (Patricia Penna) 
A Noite de Alter 

A noite, as pessoas se encontram na praça da matriz, onde estão a maioria dos barzinhos e restaurantes de Alter. Aos sábados, tem música ao vivo para dançar carimbó no Espaço Gastronômico Alter.

Rustico e mágico, o restaurante é referência em gastronomia em Alter. (Foto: Divulgação Espaço Alter)
DicaExperimente Coxinha de Jambu como entrada. Como prato principal peça o Pirarucu na Crosta de Castanha. 
(Crédito: Espaço Alter)

Tanto Alter do Chão quanto Santarém são bons lugares para desfrutar da surpreendente culinária paraense.

Tambaqui Assado do Restaurante Butikin Alter (Crédito: Patricia Penna) 

O mercado municipal de Santarém vale uma visita para provar a frutas amazônicas, como taperebá, bacuri, cupuaçu e ainda conferir todas as variações de farinha de mandioca disponíveis.

Mercadão 2000 Santarém 
Variações de farinha de mandioca

Os peixes são: o Filhote Amazônico, Pirarucu, Tambaqui e Tucunaré, todos são muito saborosos e frescos. 

                 Mercadão 2000 Santarém 

    Produto feito da palha de Tucumã, artesanato feito pela Comunidade de Arapiuns
Quando ir a Alter do Chão

Não existe a melhor época para viajar a Alter do Chão. Mas você vai encontrar paisagens bem diferentes ao longo do ano. Alter do Chão e a região amazônica em geral são conhecidos por terem duas estações: a chuvosa e de seca.

A época das chuvas é o primeiro semestre. Em janeiro, as chuvas começam. O rio Tapajós fica cheio em junho, então boa parte das praias fica encoberta pelas águas nesta época. Mas é ótimo para passear de barco. Em julho, a seca começa e dura até o início do ano. Setembro, outubro e novembro são os meses mais procurados por turistas, porque as praias ficam visíveis.

Quem leva: Acatur Viagem & Turismo (93) 3524-3799

O Turismo&Eventos viajou a Alter do Chão,  a convite da Secretária de Turismo do Pará e Secretária Municipal de Turismo de Santarém, em parceria com a Masters Transportes em São Paulo 

Sobre o Autor

Related posts

Leave a Comment